quinta-feira, 12 de março de 2009

mi primer descanso..

Depois de 1,5 mês de trabalho, finally got some vacations. E digo que estava mm a precisar... Soube-me a mel, o Dinis veio visitar-me e juntos percorremos as maravilhas da Guatemala. A única coisa que não correu bem, foi que tive uns visitantes indesejáveis na minha cabeça desde o 1º dia de férias... Sim..estou com piolhos...HELP!!! Deixo-vos algumas fotos da viagem para aliciar os mais reticentes a virem visitar este pais que me está a seduzir pela sua beleza e habitantes e obviamente pelos meus chiquitos! 








 




Primeiras semanas no orfanato


Já passou mais de um mês desde que comecei a cuidar dos meus chiquitos e tanto já se passou..
Passado uma semana de chegar, fiquei doente com uma outite que me deu umas dores de cabeça que não podem imaginar e que só me abandonou passado duas semanas. E que duas semanas que foram...
Apesar de as crianças terem muitos momentos adoráveis, podem ser bastante "exaustivas" em outros momentos. Birras, com choros agudas a cada 5 min, pipis e popos no meio do chão, do nada, subiram a sitios potencialmente perigosos que quase me dão um ataque de coração, entre outros, podem-me fazer questionar a minha aptidão para cuidar deles.
Mas ao mesmo tempo é muito giro ver a evolução nos meus babies. Cada semana parece que evoluem e aprendem coisas novas. Hoje foi o 1º dia que o Roberto (um novo chiquito) durmiu sem fralda e não fez "pipi nem popo"). Existem tantas little things assim que nos dão ânimo, mas não vos vou aborrecer, pois creio que estas alegrias só fazem sentido in loco.

Apesar de tudo quanto estou a viver sinto saudades de muita coisa...das pessoas, da comida, do conforto (água quente, um sofá, um colchão decente e de um cheirinho bom a limpo e fresco).

Em breve os meus pais vem visitar-me e tenho a certeza que 10 dias a viajar com eles pelo Belize, vão servir para matar muitas saudades de muitas coisas. Entretanto vou aproveitando todo o tempo que disponho por aqui para educar my babies antes de me ir...

Sorry, se não tenho mantido um update do blog, mas por aqui além de ser complicado o acesso à electricidade, confesso que estar ao pc é a última coisa que me apetece fazer...simplesmente não liga com o sitio.

segunda-feira, 9 de fevereiro de 2009

Finalmente con los niños

Foi desta que cheguei para ficar. Finalmente estou na Casa Guatemala, o orfanato, a trabalhar a full-time con los niños. E que niños...Estou como orientadora (=responsável=mãma), dos chiquitos, que tem idades entre o 1 ano e meio aos 3 anos. Que desafio me aguarda, yo mãma de 3..HELP!
Short presentation de cada um deles, pois neste próximos meses eles vão ser o centro dos meus dias.
Jessica: 3 anos e já é o meu encanto... chegou ao orfanato apenas há algumas semanas e sente muito a falta da sua mãe. Antes vivia na rua com os seus 2 irmãos e com a sua mãe. Por fim a mãe decidiu que era melhor os filhos virem para a Casa Guatemala e de vez em quando vem visitá-los.
Quando não está a chorar, Jessica é mui guapa, com um sorriso que a todos conquista, é una chica muito esperta…Tenho de ter cuidado para não me deixar ir nos seus sorrisos e ela me levar a melhor...

Eric: 2 anos, a sua mãe trabalha no orfanato e ele passa o dia (5am a 8.00pm) connosco. A sua mãe, utiliza os métodos tradicionais guatemaltecos de educação...meaning cinturón qd algo n corre bem. Outra tarefa para quem trata dele é portanto lidar e educar os pais...Mesmo assim ele consegue ser um rapaz reguila, fiteiro e comilão que vai ser um desafio. Carlitos: 1 ano e meio, tb filho de uma das empregadas do orfanato, passa o dia e noite connosco. Muito querido, mas muito mimado..chora sempre que n tem atenção. Mas de resto porta-se muito bem.
O que todos tem em comum: Um sorriso gigante, muito amor e carinho e o dom de espalhar um sentimento de alegria a quem está com.

Daily life
Mas o desafio não se fica apenas pelos babies…
As condições aqui como já era de esperar não são as melhores. Por onde começar...Durmo no quarto com as crianças, o que significa bye bye sono seguido. Acordo definitivamente às 5.00, para lavá-los, vestir e dar de comer...às 7.30 tem creche e eu posso ir limpar o quarto+casa-de-banho entre outros. Hoje comecei com yoga com outras voluntárias e que bem que me soube! vamos a ver se consigo um sport group por aqui ;).
Às 10.30, almoçamos, pois as 11.00, é hora de buscar os chiquitos a la escuela. À uma voltam para a creche e por aí ficam até às 16.30. Jantamos por volta das 17.00, com a cobra de estimação de 1,5m colorida que se passeia pela cantina. Às 20.00 a electricidade é cortada e é hora de dormir com os morcegos que insistem em aparecer no quarto durante a noite. Além disto há que contar com a água fria do chuveiro, os feijões e tortillas todos os dias, os piolhos das crianças aos quais não creio conseguir escapar, a minha roupa imunda no final de cada dia, a chuva que ainda não parou...Lollol, garanto-vos que as crianças ajudam a superar tudo isto, mas para já está a ser um bom desafio.
No entanto, os voluntários tb são uma grande ajuda...Ainda não tive muito tempo de conhecer todos, but for the moment no complaints. Sónia é a espanhola que vou substituir, é psicóloga e com 23 anos parece que nasceu para ser mãe. Tem uma semana para me "passar a pasta" e ensinar-me a ser "mummy"..Será que vai conseguir?Para a semana logo vos conto ;)

Besitos, besitos

sexta-feira, 6 de fevereiro de 2009

Último dia como waitress ;)


Após 2 semanas a servir , lavar pratos e varrer entre outros, no restaurante do hotel Backpackers, chego finalmente ao fim da minha experiência como waitress.
Apesar de no início me ter sentido muito frustrada por ver a minha ida para o orfanato adiada, com este trabalho que considerava ser um desperdício de tempo, hoje estou quase com pena de partir. Apesar de o trabalho ser o que é, permitiu-me conhecer um mundo de pessoas muito diverso. As nacionalidades são mais que muitas, de todas as idades, cada uma com uma história de vida, uma viagem, muito interessante para partilhar.

Aqui pude relaxar, passear, decobrir mais uns tesouros da Guatemala, como a Finca paraiso, cascata de 6 metros de água quente quente que desafia as melhores piscinas e alguams praia. Comecei também a trabalhar em part-time no orfanato, onde já dei aulas de inglês e manualidades. Os details da vida do orfanato reservo para quando estiver lá a full time, para não vos cansar já com tanta história..

Meanwhile, quem tiver tempo e paciência pode descobrir um pouco das personagens que marcaram estas duas semanas nas descriptions em baixo...

Os viajantes

Neri, um israelita castiço, um parceiro para conversas e cartas. Jessie, um americano que tenta não o ser, foi sem dúvida uma boa companhia. a lista poderia continuar e continuar com as pessoa mais random e de backgrounds mais diferentes com quem me fui dando por vezes mais, por outras menos..

Temos ainda as pessoas de mais idade, de mochila às costas que ainda andam de terra em terra, em autocarros públicos, como se fossem jovens. Se calhar já não saltam de uma cascata para uma lagoa, mas continuam a desafiar as suas forças em cada viagem que fazem, sempre em busca de algo novo e de genuíno que só se encontra quando se viaja entre o povo.Bob, um Sr.Americano de diria 70 anos. Criou uma instituição de solidariedade que apoia comunidades mexicanas, em projectos escolares, agricultura, canalização etc. Hoje, viajou sozinho de mochila às costas até à Guatemala em busca de projectos para apoiar. Encontrou a Casa Guatemala e aqui durante 4 semanas tenciona consertar canos, ajudar a desenvolver as hortas, ou dar aqui e ali uma ajuda no que for necessário. Impeditivos, a sua idade e como americano típico, não falar uma palavra de espanhol. Uma inspiração, para quem chega com energia àquela idade.

The locals

Começando pelo pessoal do hotel. As directoras, 2 irmãs (Señora Raquel e Señora Wilma), a bruxa má e a bruxa boa cá do sítio... Señora Raquel, nos primeiros dias, fez-me repensar seriamente se estaria no sitio certo... Antipática e distante, embora bem no fundo, já provou que se preocupa connosco e é possível que tenha as suas razões para ser como é, embora tb pudesse ser diferente.
De resto, os empregados, todos impecáveis... vou mesmo sentir a falta deles. São uma fonte de boa disposição e bem estar constante...
De salientar Edi,por ser um típico chico guatemalteco. É um empregado de mesa, cá do hotel..Simpático, amável, mas uma criança num corpo de homem. Com 19 anos, já tem uma filha, por opção, da sua namorada com quem vive. No entretanto quer ter várias mulheres e acha isso perfeitamente normal.

Os clientes...Freddie, um guatemalteco, muito simpático, muito divertido, que frequenta o bar do Hotel Backpackers. É casado, com uma holandesa, ex-voluntária casa guatemala que vive actualmente na Holanda. No próximo mês, vai vender o seu iate, com o qual fazia tours turísticas, e viver com ela para a Holanda. Acredita que quando está longe por muito tempo da mulher que a pode estar com outras, mas sempre que estão juntos, nem lhe passa pela cabeça estar com outra mulher.(menos mal). Ele representa o menos mal da cultura macho men guatamalteca. Perguntando a uma guatemalteca o que pensa desta mentalidade, até nem lhe parece mal. "Pelo menos não me troca, nem me trai se estiver por perto. Ama-me… "

Ivan, chiquitito de 16 anos é um artista encantador, dibuja mui bien,…em Portugal poderia ser reconhecido…estamos a tentar que consiga uma bolsa de estudos e venha mesmo a ser alguém. Para já tem sido uma grande companheiro para os tempos livres. Entre correr, jogar basquet (sim o ténis não funciona por cá) e pintar, sinto-me em casa ;)

As voluntárias - as companheiras

Termino pelas voluntárias que trabalharam comigo no hotel, todas piu meno around 25...
Judith, uma francesa em San Francisco, ex-marketeer, em muitos aspectos semelhante a mim. Claudine, sul-africana, ex-informática com look professora, muita tranquila easy going, alinha em qualquer coisa, descomplicada e possível grande companheira.
Yasmin uma hippie australiana, 100% impecável com todos, uma waitress e professora *****. Mas não vai ser das pessoas que devem recordar.
Sarah de Chicago, uma típica americana, prof de ballet, muito simpática e carinhosa. Vai ser uma potencial boa amiga.
Em comum, um desejo, ajudar as crianças e sairmos da experiência mais enriquecidas.



Ansiosa, mas receosa pela mudança do conforto do dia de hoje para a incerteza do amanhã, me despeço...

domingo, 25 de janeiro de 2009

Hotel Backpackers Rio Dulce

Rio Dulce, nasce no mar das caraíbas e com a sua água verde, rodeada por pantanales, é considerado uma das zonas mais bonitas na Guatemala. Aqui se encontra a minha casa para os próximos meses: o orfanato Casa Guatemala.

Cheguei cá ontem e comecei a trabalhar no hotel backpackers, um pequeno hotel na borda de rio dulce que subsidia parte dos gastos do orfanato da Casa Guatemala. Aqui ficarei 1-2 semanas, como todos os voluntários que chegam, a trabalhar como waitress, sim como waitress ;). Confesso que não estou muito motivada com o trabalho, mas quem sabe se um dia não quero abrir um restaurante e vou agradecer esta experiência? E como eles aqui não se cansam de dizer "és para una buona causa". Comigo estão mais 3 voluntárias da mesma idade: uma australiana, outra sul-africana e por último uma francesa, que partilham o mesmo sentimento. Em breve nos juntaremos aos cerca de 20 voluntários que trabalham con los niños de Casa Guatemala

Fundacion Salvacion


Bueno, pois eu decidi começar pelos niños.
E foi em HueHue, que além de viajar, cheguei à “Fundácion Salvacion”, um orfanato com 80 crianças sorridentes, fundado por Sandra, uma directora encantadora. (http://www.xanga.com/Fundacion_Salvacion/537153479/our-story--nuestra-historia/)
Aqui senti-me em casa e por momentos já não quis sair, havia tanto trabalho para fazer. Mas segui, com a promessa de que voltaria para ajudar com as crianças, entre outros projectos.
Quando voltar terei tb oportunidade de fazer um pequeno projecto com o Fiorentino, para ajudar os pequenos produtores de café.

Los indigenas

Guatemala é um país com uma história que data desde os Maias.
Com centro histórica na cultura Maia surgem as comunidades indígenas, pequenas aldeias com +-500 pessoas. Cada comunidade tem um traje típico, que fazem artesanalmente. Aliás nas comunidades as estruturas são muito rudimentares. Não há água, nem electricidade, as famílias trabalham no campo, média 10 filhos por família que trabalham desde que andam, raparigas ni hablar em ir à escola, enfim, parece que voltamos à época medieval.
Por aqui existe muito para fazer por todo o lado: implementação de sistemas de purificação de água, protecção e desenvolvimento dos pequenos produtores, consciencialização do meio ambiente, educação das crianças e dos pais, politica, segurança, narcos, etc…. é difícil de saber por onde começar.

Huehuetenango


Durante a semana fui para Huehuetenango, acompanhada por um amigo de Pedro, Fiorentino (de la bella Itália) que está a trabalhar num programa de desenvolvimento da união europeia nesta zona. HueHue (como os guatemaltecos chama a esta região), é uma província multicultural com mais de 10 etnias indígenas diferentes. Dentro do âmbito do projecto do Fiorentino está, entre outros, o desenvolvimento do Turismo. E foi nos dias em que lá estive, que fomos explorar as potencias maravilhas turísticas. E foi assim que com muitas horas de carro por estradas de terra, muitas horas de caminhada por terrenos íngremes e lamacentos que as descobrimos. Para quem tiver interesse em por cá passar, aqui segue uma descrição mais detalhada (os outros podem passar à frente).
1) Laguna Brava, uma lagoa imensa pintada com as mais finas cores de azul e verde, envolvida por bosques.
2) El Cimarrõn: Um fenómeno natural (não definido) que abriu uma cratera com 130 metros de profundidade e 80 metros de diâmetro. No fundo temos a mais pura vegetação. Alto Potencial para bundgee jumping
3) Rio Lagartero: Potenciais caudais de rio para fazer rafting por canais amazónicos
4) Ruínas San Francisco: templo maia (n vale muito a pena)
5) As comunidades indígenas: Pueblo Las palmas, Trinidade, Abuacate, Santa Tereza

Antigua (must go place)


Seguimos para Antigua (must go place), em tempos a 2ª capital da América Central. Ruas e ruas de casas coloridas que podiam ter sido retiradas de histórias de crianças, contrastam com a vegetação dos vulcões activos que envolvem a vila e acalmam o movimento da cidade. Em cada esquina uma igreja ou convento espreitam. Coloridas e trabalhadas por fora, mas brancas e austeras por dentro. Aqui e ali espreitam lojas pitorescas com artigos originais ou com combinações de cores dignas das mais altas casa de costura. Por todo o lado se espalha a alegria das cores e o ritmo de quem se passeia despreocupado, admirando a magia deste local.
Por fim um antigo convento transformado num hotel de charme. Jardins de mão dada com a música clássica, convidam-nos a entrar e descobrir os seus recantos. Escadinhas, fontes, levam-nos a uma sucessão de jardins, cada um com a sua surpresa. Papagaios irrequietos, cor de fogo e azuis. Maquetes à la “ Portugal dos pequeninos encontram o seu lugar noutro recanto do jardim, um lago convida-nos a sentar e as lojas seduzem-nos a comprar os seus tesouros.

Chegada a Guatemala City


Já passou uma semana desde que cheguei à Guatemala e já fiz, aprendi e vi tanta coisa que parece que já cá estou a muito mais tempo.
Assim que sai do aeroporto, a ansiedade que se vinha a sentir nos dias antes da partida, desapareceu e deu lugar à paz e tranquilidade que já n sentia há muito tempo. Just like that.
À minha espera no aeroporto estava o Pedro, um amigo de uma amiga da minha mãe que trabalha na Capital para a Comissão Europeia. Desde logo o Pedro, se sentiu responsável por mim e confesso que me aterrorizou um pouco sobre a insegurança por cá, com algum fundamento.
Apesar de em certas zonas tudo parecer muito tranquilo, as estatisticas provam que assim não é. Fomos almoçar a um restaurante com um jardim florido e iluminado pelo sol, que podia estar em qualquer sitio da Europa, não fossem as montanhas verdes que envolvem toda a cidade e contrastam com as cores da cidade.