domingo, 25 de janeiro de 2009

Hotel Backpackers Rio Dulce

Rio Dulce, nasce no mar das caraíbas e com a sua água verde, rodeada por pantanales, é considerado uma das zonas mais bonitas na Guatemala. Aqui se encontra a minha casa para os próximos meses: o orfanato Casa Guatemala.

Cheguei cá ontem e comecei a trabalhar no hotel backpackers, um pequeno hotel na borda de rio dulce que subsidia parte dos gastos do orfanato da Casa Guatemala. Aqui ficarei 1-2 semanas, como todos os voluntários que chegam, a trabalhar como waitress, sim como waitress ;). Confesso que não estou muito motivada com o trabalho, mas quem sabe se um dia não quero abrir um restaurante e vou agradecer esta experiência? E como eles aqui não se cansam de dizer "és para una buona causa". Comigo estão mais 3 voluntárias da mesma idade: uma australiana, outra sul-africana e por último uma francesa, que partilham o mesmo sentimento. Em breve nos juntaremos aos cerca de 20 voluntários que trabalham con los niños de Casa Guatemala

Fundacion Salvacion


Bueno, pois eu decidi começar pelos niños.
E foi em HueHue, que além de viajar, cheguei à “Fundácion Salvacion”, um orfanato com 80 crianças sorridentes, fundado por Sandra, uma directora encantadora. (http://www.xanga.com/Fundacion_Salvacion/537153479/our-story--nuestra-historia/)
Aqui senti-me em casa e por momentos já não quis sair, havia tanto trabalho para fazer. Mas segui, com a promessa de que voltaria para ajudar com as crianças, entre outros projectos.
Quando voltar terei tb oportunidade de fazer um pequeno projecto com o Fiorentino, para ajudar os pequenos produtores de café.

Los indigenas

Guatemala é um país com uma história que data desde os Maias.
Com centro histórica na cultura Maia surgem as comunidades indígenas, pequenas aldeias com +-500 pessoas. Cada comunidade tem um traje típico, que fazem artesanalmente. Aliás nas comunidades as estruturas são muito rudimentares. Não há água, nem electricidade, as famílias trabalham no campo, média 10 filhos por família que trabalham desde que andam, raparigas ni hablar em ir à escola, enfim, parece que voltamos à época medieval.
Por aqui existe muito para fazer por todo o lado: implementação de sistemas de purificação de água, protecção e desenvolvimento dos pequenos produtores, consciencialização do meio ambiente, educação das crianças e dos pais, politica, segurança, narcos, etc…. é difícil de saber por onde começar.

Huehuetenango


Durante a semana fui para Huehuetenango, acompanhada por um amigo de Pedro, Fiorentino (de la bella Itália) que está a trabalhar num programa de desenvolvimento da união europeia nesta zona. HueHue (como os guatemaltecos chama a esta região), é uma província multicultural com mais de 10 etnias indígenas diferentes. Dentro do âmbito do projecto do Fiorentino está, entre outros, o desenvolvimento do Turismo. E foi nos dias em que lá estive, que fomos explorar as potencias maravilhas turísticas. E foi assim que com muitas horas de carro por estradas de terra, muitas horas de caminhada por terrenos íngremes e lamacentos que as descobrimos. Para quem tiver interesse em por cá passar, aqui segue uma descrição mais detalhada (os outros podem passar à frente).
1) Laguna Brava, uma lagoa imensa pintada com as mais finas cores de azul e verde, envolvida por bosques.
2) El Cimarrõn: Um fenómeno natural (não definido) que abriu uma cratera com 130 metros de profundidade e 80 metros de diâmetro. No fundo temos a mais pura vegetação. Alto Potencial para bundgee jumping
3) Rio Lagartero: Potenciais caudais de rio para fazer rafting por canais amazónicos
4) Ruínas San Francisco: templo maia (n vale muito a pena)
5) As comunidades indígenas: Pueblo Las palmas, Trinidade, Abuacate, Santa Tereza

Antigua (must go place)


Seguimos para Antigua (must go place), em tempos a 2ª capital da América Central. Ruas e ruas de casas coloridas que podiam ter sido retiradas de histórias de crianças, contrastam com a vegetação dos vulcões activos que envolvem a vila e acalmam o movimento da cidade. Em cada esquina uma igreja ou convento espreitam. Coloridas e trabalhadas por fora, mas brancas e austeras por dentro. Aqui e ali espreitam lojas pitorescas com artigos originais ou com combinações de cores dignas das mais altas casa de costura. Por todo o lado se espalha a alegria das cores e o ritmo de quem se passeia despreocupado, admirando a magia deste local.
Por fim um antigo convento transformado num hotel de charme. Jardins de mão dada com a música clássica, convidam-nos a entrar e descobrir os seus recantos. Escadinhas, fontes, levam-nos a uma sucessão de jardins, cada um com a sua surpresa. Papagaios irrequietos, cor de fogo e azuis. Maquetes à la “ Portugal dos pequeninos encontram o seu lugar noutro recanto do jardim, um lago convida-nos a sentar e as lojas seduzem-nos a comprar os seus tesouros.

Chegada a Guatemala City


Já passou uma semana desde que cheguei à Guatemala e já fiz, aprendi e vi tanta coisa que parece que já cá estou a muito mais tempo.
Assim que sai do aeroporto, a ansiedade que se vinha a sentir nos dias antes da partida, desapareceu e deu lugar à paz e tranquilidade que já n sentia há muito tempo. Just like that.
À minha espera no aeroporto estava o Pedro, um amigo de uma amiga da minha mãe que trabalha na Capital para a Comissão Europeia. Desde logo o Pedro, se sentiu responsável por mim e confesso que me aterrorizou um pouco sobre a insegurança por cá, com algum fundamento.
Apesar de em certas zonas tudo parecer muito tranquilo, as estatisticas provam que assim não é. Fomos almoçar a um restaurante com um jardim florido e iluminado pelo sol, que podia estar em qualquer sitio da Europa, não fossem as montanhas verdes que envolvem toda a cidade e contrastam com as cores da cidade.